quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O GOVERNO PORTUGUÊS VAI FICAR COM 50% DA TAP, PORÉM A GESTÃO DA COMPANHIA AÉREA SERÁ PRIVADA

 O GOVERNO PORTUGUÊS VAI FICAR COM 50% DA TAP, PORÉM A GESTÃO DA COMPANHIA AÉREA SERÁ PRIVADA, MAS AO GOVERNO CABERÁ A INDICAÇÃO DE SEU PRESIDENTE

  O governo de esquerda de António Costa reverteu as condições da venda da TAP feita ao consórcio Gateway, um consórcio integrado pelo empresário português Humberto Pedrosa, um dos empresários mais ricos de Portugal.

     O anterior governo liberal de Pedro Passos Coelho havia vendido a empresa aérea em novembro de 2015 a esse consórcio por 354 milhões de euros. O atual primeiro ministro António Costa tal como prometeu em sua campanha eleitoral que se eleito reverteria a venda da TAP, acaba de concretizar sua promessa. No contrato assinado com o governo de Pedro Passos Coelho, o capital do estado seria somente 34% das ações. Agora o estado passará a ter 50% das ações, sendo reservadas para os funcionários apenas 5%. Assim o consórcio ficará com 45% das mesmas.
      Mas para que isso aconteça, o governo terá que pagar ao consórcio Gateway o valor de 1,9 milhão de euros. Integra esse consórcio o empresário brasileiro-americano David Neeleman, dono da companhia AZUL e o empresário português Humberto Pedrosa um dos homens mais ricos de Portugal.  
Apesar do estado português ser o maior acionista e ter a incumbência de eleger seu presidente, a gestão da companhia ficará sob responsabilidade da Gateway.
      A companhia aérea contará com um Conselho de Administração paritário, com seis membros escolhidos pelo consórcio e outros seis pelo Estado português. Caberá ao estado a escolha do presidente, que por enquanto continuará sendo o sr. Fernando Pinto, como acontece desde o ano 2000.
     O acordo assinado não será concretizado até receber o sinal verde das entidades reguladoras e até que tenha sido renegociada a dívida da companhia com os bancos credores.
     O Grupo TAP nasceu em 1945, na ditadura Salazar, sendo administrado por uma sociedade anônima com acentuada presença do Estado entre 1953 e 1975. Conta com uma frota de 77 aviões, transporta anualmente mais de 11 milhões de pessoas e voa para 88 destinos na África, na Europa e nas Américas.





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