domingo, 12 de março de 2017

Ernesto Júlio de Nazareth

Ernesto Júlio de Nazareth nasceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1863 vindo a falecer em 1º de fevereiro de 1934. Foi um pianista e compositor brasileiro, considerado um dos grandes nomes do maxixe, sendo considerado desde a década de 20 do século XX um subgênero do choro.

É o patrono da cadeira de número 28 da Academia Brasileira de Música.

Biografia

   Ernesto Nazareth nasceu na casa nº 9 da Rua do Bom Jardim (atual rua Marquês de Sapucaí),na encosta do então Morro do Nheco, hoje Morro do Pinto), no bairro do Santo Cristo.
Era filho do despachante aduaneiro Vasco Lourenço da Silva Nazareth (1838 - 1940) e de Carolina Augusta da Cunha Nazareth.
Sua mãe foi quem o incentivou a aprender piano e lhe ministrou as primeiras notas do instrumento.

    Após a morte da mãe em 1874, Nazareth passou a receber lições de Eduardo Rodolpho de Andrade Madeira, amigo da família e, mais tarde, lições de Charles Lucien Lambert, um conceituado professor de piano de Nova Orleans radicado no Rio de Janeiro e grande amigo de Louis Moreau Gottschalk.

   Aos 14 anos, compôs sua primeira música, a polca-lundu, Você bem sabe, editada no ano seguinte pela famosa Casa Arthur Napoleão.

   Em 1879, escreveu a polca Cruz, perigo!!.

   Em 1880, com 17 anos de idade, fez sua primeira apresentação pública, no Club Mozart. No ano seguinte, compôs a polca Não caio noutra!!!, seu primeiro grande sucesso, que teve muitas reedições.

   Em 1885, apresentou-se em concertos em vários clubes da corte. Em 1893, a Casa Vieira Machado lançou uma nova composição sua, o tango Brejeiro, que resultou em sucesso nacional e internacional, sendo publicada em Paris e nos Estados Unidos em 1914.
Em 14 de julho de 1886, aconteceu seu casamento com Theodora Amália Leal de Meirelles, com quem teve quatro filhos: Eulina, Diniz, Maria de Lourdes e Ernestinho.

   Seu primeiro concerto como pianista aconteceu em 1898 e já no ano seguinte aconteceria a primeira edição do tango Turuna.

   Em 1902, teve sua primeira obra gravada, que foi o tango brasileiro Está Chumbado, pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. 

   Em 1904, sua composição Brejeiro foi gravada pelo cantor Mário Pinheiro com o título de O sertanejo enamorado, com letra de Catulo da Paixão Cearense.

   Em 1908, começou a trabalhar como pianista na Casa Mozart.

   Em 1909 participou de recital realizado no Instituto Nacional de Música, interpretando a gavota Corbeille de fleurs (música e dança popular francesa dos séculos XVII e XVIII) e o tango característico Batuque.

   Em 1919, começou a trabalhar como pianista/ demonstrador da Casa Carlos Gomes à Rua Gonçalves Dias, de propriedade do também pianista e compositor Eduardo Souto, com a função de executar músicas para serem vendidas. Naquele tempo, a maneira mais comum de se tomar conhecimento das novidades musicais, era através das casas de música e seus pianistas/ demonstradores. Não havia rádio, os discos eram raros e o cinema era mudo.

   Em 1919, a Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro gravou os tangos Sarambeque e Menino de ouro além da valsa Henriette.

Em, em 1920, Heitor Villa-Lobos, dedicou, à sua pessoa, a peça Choro nº 1, para violão.

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