domingo, 7 de maio de 2017

Antônio Costa não excluiu a possibilidade de acontecer um cenário de acordo pós eleitoral no Porto

O PS vai sozinho às próximas eleições autárquicas no Porto, porém o secretário-geral socialista, Antônio Costa, não excluiu a possibilidade de acontecer um cenário parecido com o que aconteceu há quatro anos, ou seja, um acordo após as eleições com o candidato independente Rui Moreira.

Quando questionado sobre esta hipótese, quando se dirigia à entrada da convenção nacional autárquica de seu partido(PS), que começou ontem no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, Antônio Costa afirmou que essa decisão será tomada pelos decisores políticos locais: "Os políticos do Porto logo decidirão como é melhor gerir o Porto".

Na mesma linha de raciocínio, o líder socialista negou qualquer intervenção na decisão de apresentar um candidato próprio na invicta cidade do Porto. Esta decisão foi tomada ontem pelo concelho socialista do Porto: "Esta é uma decisão exclusiva da Comissão Política Concelhia no Porto".

Concretizada o rompimento com o atual presidente da Câmara, Rui Moreira, A. Costa defendeu ontem que o PS "não se impõe onde não é desejado". "Amigo não deve empatar amigo. Quando alguém se sente indesejável na companhia de outrem, deve sair", afirmou o secretário-geral do partido socialista.

Desta maneira, Costa ainda poupou Moreira de críticas e até pelo contrário, destacou a "relação de estima e amizade" com o autarca da invicta e o "trabalho de grande qualidade desenvolvido nos últimos quatro anos" pela vereança portuense - que incluiu o PS, mas houve uma exceção. Ao contrário do que fez Rui Moreira na última sexta-feira, quando revelou à SIC um telefonema com o próprio Antônio Costa, o secretário-geral socialista recusou-se ontem a falar dessa conversa: "Quando falo com alguém é porque quero falar com essa pessoa, não costumo andar a falar das chamadas que faço". 

Lembrando a todos que as eleições autárquicas portuguesas de 2017 serão realizadas em 1º de outubro. Estarão em disputa a eleição para presidentes de 308 câmaras municipais, os seus vereadores e assembleias municipais, bem como as 3092 assembleias de freguesia, das quais sairão os executivos das juntas de freguesia.

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