quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Os cinco obstáculos do PT para conseguir um sucessor para Lula em 2018

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva líder absoluto das pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais neste ano de 2018 e condenado em segunda instância pelo problema com seu tríplex, e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, pode ter sua candidatura inviabilizada. Embora ainda  caibam recursos em instâncias superiores, sua candidatura torna-se cada vez mais difícil.

A estratégia pública do PT é apostar todas as fichas em Lula. O deputado Paulo Teixeira disse que o partido vai “manter sua candidatura e recorrer até à última instância para que ele seja absolvido. Evidentemente que se ganharmos os recursos, ele será o nosso candidato. Só pensaremos em outra hipótese depois da análise final do poder judiciário. É certo que Fernando Haddad quanto Jaques Wagner são grandes nomes, de vencedores, mas hoje nossa atenção se volta para Lula.

Completados os prazos e esgotados os recursos, o partido pretende lançar um novo nome que surfe na onda da popularidade do ex-presidente e herde os seus  37% de intenções de voto.

Força de coligação

A coligação de partidos é um fator fundamental para o desempenho de um candidato. Em 2014, a coligação que elegeu Dilma Rousseff à Presidência era composta por nove partidos: PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB. Com o impeachment e o rompimento do PT com alguns partidos, as coisas mudaram.
O deputado Paulo Teixeira revelou que o partido tem mantido conversas com PCdoB, PDT, PSB e PSOL. No entanto, todos esses partidos possuem ou sondam candidaturas próprias.
 
Segundo a opinião de  de Ricardo Musse, professor da USP, A dificuldade do PT em fazer coligação existe “basicamente pelo fato de não ter um candidato definido. Então, os partidos estão esperando essa confirmação. Acho difícil ter essa parceria com o PDT porque a candidatura de Ciro está bastante alavancada. 

Força nos estados

Um dos grandes contribuidores para uma eleição à presidência é força do partido nos estados. Atualmente, o PT tem governadores em cinco deles: Acre, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Piauí. O PMDB lidera a lista, com sete, e o PSDB está em segundo lugar, com seis. Se PMDB e PSDB se juntarem para essas eleições, fica mais difícil para que o PT trabalhe seus votos nos estados liderados por esses partidos.

Prisão ou liberdade?

Lula será a principal carta do candidato do PT para se consolidar no primeiro turno. Justamente por isso, a condição do ex-presidente será fundamental. Se Lula estiver apenas condenado, mas em liberdade, terá condições de participar da campanha, subir em palanques durante os comícios e aparecer no programa eleitoral na televisão. 

Os substitutos 

Os nomes mais cotados dentro do PT para substituir Lula na campanha são os de Jaques Wagner e Fernando Haddad. Wagner foi governador da Bahia, entre 2007 e 2014; ministro-chefe da Casa Civil, entre 2015 e 2016; além de ter chefiado outros três  ministérios nos governos Lula e Dilma e ter tido três mandatos como deputado federal. Já Fernando Haddad foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, e ministro da Educação de 2005 a 2012.

Lula é maior que o PT

Mesmo condenado em segunda instância e réu em seis processos pela Lava Jato, Lula é o nome mais forte do cenário eleitoral. É também o nome mais forte do seu partido. afirmou o deputado Paulo Teixeira “o eleitor quer votar no Lula”. Mesmo sem saber, o deputado revelou um diagnóstico: seu líder é maior que seu partido, e o partido é ainda muito dependente de Lula, afirmou o deputado. Se Lula for condenado o melhor será fazer uma prévia eleitoral após a condenação, concluiu. Aí o mais provável é que o candidato seja indicado pelo próprio Lula. Não há indicação que seja feita nem pelas bases do partido, nem pelos diretórios.”
 
A campanha

Apesar de as pesquisas indicarem um cenário em volta de nomes como Lula, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Luciano Huck, tudo ainda está indefinido. Primeiro, porque muitas candidaturas ainda não foram definidas e as coligações não foram estabelecidas. Jair Bolsonaro não tem partido, Marina Silva não declarou sua pré-candidatura, Geraldo Alckmin enfrenta resistência dentro de seu partido, e Luciano Huck, até então, desistiu da corrida presidencial e o PMDB, maior partido do país, ainda não decidiu se lançará candidatura própria ou se comporá uma coligação.
Neste quadro de indecisão o nome de Ciro Gomes aparece com grandes chances de vitória à difícil presidência do Brasil, tanto pelo seu passado limpo na vida pública como pela sua filosofia nacionalista.





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